Manda pra aprovação, volta pra alterações. Manda pra aprovação, volta pra alterações. Repete-se este ciclo 45 vezes até as partes darem o trabalho por encerrado, mas por exaustão, e não por terem chegado a um resultado satisfatório.
Esta história soa familiar? Ela faz parte da vida de milhões de profissionais da indústria criativa: é o processo considerado “normal” para criação de Identidades Visuais. Eu mesmo já a vivenciei inúmeras vezes.
Porém, nos últimos 3 anos, só tenho acertado de primeira (!), não raro levando clientes às lágrimas! Nunca mais precisei realizar o ingrato trabalho de tentar adivinhar o que o cliente está pensando, enquanto continuo produzindo alternativas sem direção e muito menos inspiração.
Depois de apanhar muito, percebi que a raiz do problema está no briefing. O cliente, por desconhecimento, não consegue dizer claramente o que quer; na verdade, não tem certeza de nada e pensa em ir testando até acertar, talvez por sorte. Assim, o “briefing perfeito”, que sempre desejei, nunca foi enviado pelos clientes de pronto, por isso decidi tomar pra mim a responsabilidade de levantá-lo. Baseado numa aula do Fábio Lopez, desenvolvi um método em que, através de um workshop de aproximadamente 3 horas, arranco do inconsciente do cliente uma verbalização clara de tudo o que ele almeja e as referências que mais admira. Definimos um objetivo muito claro e, por fim, preenchemos a Matriz de Representação®, uma ferramenta visual que define, pro cliente e pra mim, onde sua marca deve se situar diante de uma série de pares dicotômicos.

Com a Matriz preenchida e o cliente altamente informado (e transformado) ao longo do processo, o caminho até a solução é absurdamente cortado e simplificado. O resultado final salta aos olhos como a única alternativa capaz de atender todos os requisitos da Matriz preenchida a quatro mãos. Todas as escolhas de design, das cores à tipografia, encontram justificativas na Matriz, um xeque-mate!
Com uma solução tão certeira, elimina-se a ansiedade e a necessidade de “testar” outras possibilidades. Aí o cliente chora, com razão!